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A Genialidade da Língua Anphryana no Universo das Línguas Inventadas

  • Foto do escritor: Cleber de Moraes
    Cleber de Moraes
  • 26 de set.
  • 3 min de leitura

Desde a Antiguidade, a humanidade cria línguas inventadas (ou conlangs).Elas podem nascer para unir povos fictícios, dar profundidade a mundos literários ou até como exercícios linguísticos.


Mas algumas línguas vão além: tornam-se pontes entre filosofia, arte e espiritualidade. É aqui que entra a Língua Anphryana, do autor brasileiro Cleber de Moraes, dentro da saga Verde Louro. Confira a língua na prática, baseada em um trecho do livro "O Forte entre as Oliveiras" de Cleber de Moraes:



O "Forte entre as Oliveiras" na língua Anphry: "Herã ahyka ran r’i nar phor fanar,

Phor prenso harã krarãn r’i phor ran.

Sty athra rerãveri deryn phor sty,

Arkan nher rerãveri nar rerãveri kren.


Bari krãn er akarai krãnphar py,

Renkar kryn nar ranes djakresô,

Er rynsa nar harã, nar kãsa, nar kryka,

Harã vrenka sty lyskar ranprenso.


Rerãveri sty elyra phyrprenso sty,

Sty kãsa pan nar anira, nar phyrkar.

Sunt ranphron rerãveri phor kãsa ran,

Nar er fanar sty rerãvery krãn prenso.


Herã krãn sunt Athra,

Por syn phyrlytha sty brar.

Nar, ahyka djakresô sty,

Rynsa phron bythyran prenso."


--


Tradução para o Português-PT: "Ó vento que passa e não me responde,

Leva-me aos campos onde jaz quem fui.

Sob ramos curvados, em pranto se esconde,

A sombra do homem que nunca voltou.


No frio da noite, minh’alma vagueia,

Pelas pedras da estrada que ninguém pisou.

Eu sou filha sem casa, sem nome ou bandeira,

Num mundo de julgo, de ouro e rancor.


Lembrança é chama que arde e consome,

Um nome guardado, sem voz, sem calor.

Nos salões da memória, chamam-me por outro,

Mas só eu conheço o que a dor me ensinou.


Ó forte entre as oliveiras,

Dizei-me se há glória na solidão.

Ou se apenas o vento conhece a verdade

De quem nasceu para o coração da escuridão."


Outros Criadores Famosos de Línguas


  • J. R. R. Tolkien → Criou o Quenya e o Sindarin (línguas élficas de O Senhor dos Anéis). Ele era filólogo e desenhou uma gramática rica, quase científica, com raízes próprias.

  • Marc Okrand → Criou o Klingon, em Star Trek. Focado em ser duro, agressivo, como o povo guerreiro que representa.

  • David J. Peterson → Criou o Dothraki e o Alto Valiriano, em Game of Thrones. Línguas funcionais, desenhadas para uso em séries e TV, com fluidez para atores.


Essas línguas têm objetivos práticos ou estéticos. São ferramentas para dar realismo a mundos fictícios.


🌌 O Diferencial de Cleber de Moraes


A Língua Anphryana não nasceu para ser apenas uma forma de comunicação, mas uma linguagem espiritual.


  1. Tempo Filosófico

    • Não existe presente.

    • Apenas Passado Contínuo (Rerãvery/R’i) e Futuro Possibilidade (Ranphy/ph’i) .

    • Isso coloca a língua em diálogo direto com a física quântica e a espiritualidade.


  2. Sufixos Cósmicos

    • -res (pluralidade cósmica), -py (continuidade), -pho (delicadeza/intimidade).

    • A gramática vira poesia do universo 


  3. Metáforas Naturais

    • Emoções humanas = fenômenos cósmicos.

    • Raiva = tempestade estelar.

    • Saudade = som distante das águas.

    • Amor = reflexo da luz do Sol .


  4. Musicalidade

    • O “r” suave, o ritmo meditativo, os sons abertos: tudo projetado para ser cantado.

    • A língua é, por essência, um cântico cósmico .


Nível de Genialidade

Comparando com outros autores:


  • Tolkien = genialidade filológica.

  • Peterson = genialidade técnica e midiática.

  • Okrand = genialidade funcional para TV.

  • Cleber de Moraes = genialidade espiritual e artística.


Ele não cria só uma língua, mas um sistema de pensamento universal. A Anphryana é arte, música, filosofia e linguagem em uma só criação.


A Língua Anphryana não está no mesmo patamar das línguas inventadas comuns. Ela é única no mundo porque não busca apenas “comunicar” ou “enfeitar” uma obra, mas transformar a forma como pensamos o tempo, a natureza e os sentimentos.


É a primeira língua inventada que pode ser chamada de cosmológica.

“Sunt sty pan.”

(As estrelas guardam segredos do passado.)


E talvez o segredo maior seja este: a genialidade do criador está em tecer a língua como quem tece o próprio universo.


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